Morte de corredor em Paulínia

Boa tarde amigos,

Sempre que corro pelas ruas da cidade, a gente tem o costume de encontrar os corredores e por educação e saber que gostamos da mesma coisa passamos sempre com um cumprimento. Entre um e outro corredor acabamos nos conhecendo e não precisamos parar pra bater um papo etc, somente nos admiramos e seguimos o nosso treino solidário com o corredor que cruza conosco. Hoje, fui no clube da Merial e encontrei uma super amiga a Gerlane. Lá chegando fiquei sabendo da triste notícia de que um corredor daqui da cidade acabou falecendo quando treinava no mesmo percurso que eu.  Serginho era o nome dele, e isso já fazem 6 meses. O rapaz era experiente corredor e costumava fazer entre 12 a 15km por dia na estrada da Rhodia, corria ele pelo acostamento já que em Paulínia tem poucas ciclovias e as que tem são super extreitas cabendo as vezes somente o ciclista. O corredor fica mesmo com o "resto". Fiquei muito triste em saber que ele foi atropelado e não resistiu e veio a falecer. Já um tempo eu notava sua falta no percurso e não sabia oque havia acontecido, pensei até que ele tivesse mudado o percurso etc. Mas, por infelicidade minha não foi isso que ocorreu.
Também fiquei sabendo de um outro amigo meu que foi atropelado no bairro João Aranha onde eu também treino. O rapaz foi jogado por um carro dirigido por uma mulher que disse que pensou que era só um pedaço de papelão voando. Ele foi de cara pro chão e precisou fazer várias cirurgias para recuperar o rosto que ficou na pista  do bairro. Pelo menos ele continua vivo e já está treinando.
Ontem no treino que fiz com o Vita, eu correndo o Vita na bike e mesmo assim passou por nós um ciclista que não respeitou e veio de frente comigo quase a ponto de uma colisão por que já que estou na ciclovia, ele pensa que é só pra ciclistas. Sorte minha eu tive jogo de cintura e saí do que poderia ter sido uma colisão frontal.
Paulínia hoje sofre pois temos ciclistas e também corredores e caminhantes e a faixa para isso é minúscula. Quanto mais aumenta o número de atletas, mais aumenta o número de acidentes. Minha amiga Gerlane mesmo sofreu um acidente no mesmo local que eu treino minha amiga tri-atleta foi pega por um ônibus da Passaredo, um dia após ela ganhar a bike de 15 mil reais do esposo. foi jogada longe e até hoje quase um ano depois não conseguiu voltar as atividades.
Nessa hora me coloco no lugar de todos meus amigos e penso: " E se fosse comigo?"
Bem, com eles, os que atropelam nada acontecem mas com os corredores. É o fim ou quase perto disso. Os bikes daqui muitos não respeitam os corredores passam rasgando perto da gente, não respeitam os corredores e solicitam que os motoristas de carro os respeitem. Pergunto: " Como exigir respeito dos motoristas se voce não respeita os corredores?"
Hoje estou triste, indignada e se nada for feito também nada mudará"!
Boa tarde a todos! se é que será boa..

Postagem em homenagem ao Serginho corredor de rua morto  há 6 meses.